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Workshop discute plano de contingência da saúde para inundações com base em mitos, evidências e estratégias do SUS

Atualizado: 13 de ago.

No último sábado, 12 de julho de 2025, a NERIDS (UFCSPA | Hopeful) promoveu um workshop inovador voltado à formulação de planos de contingência da saúde para inundações. Realizado na sala 623 do Prédio 1, o evento reuniu profissionais da saúde, estudantes e gestores públicos para refletirem sobre o papel do Sistema Único de Saúde (SUS) em cenários de desastre, especialmente após as inundações de maio de 2024 no Rio Grande do Sul.


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O conteúdo programático combinou fundamentos históricos, evidências científicas e exercícios práticos de prototipação. A manhã foi iniciada com uma reflexão provocativa sobre os mitos de inundação nas tradições antigas, trazendo a análise de Frazer (1918) sobre o Dilúvio e sua presença em múltiplas culturas, como forma simbólica de destruição e renovação. A proposta era resgatar a memória coletiva para despertar uma consciência contemporânea sobre os impactos dos desastres naturais.


Na sequência, os participantes exploraram os conceitos básicos de desastres, com base em definições da OPAS, UNDRR, CRED e da Classificação Brasileira de Desastres (COBRADE). Também foram discutidos dados epidemiológicos sobre a carga de doença provocada por desastres no Brasil entre 2013 e 2021, com ênfase nos efeitos sobre a saúde pública, como traumas, surtos de doenças infecciosas, sofrimento mental e colapso dos serviços de saneamento e assistência.


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O evento trouxe ainda uma análise aprofundada do Plano de Contingência para Emergência em Saúde Pública por Inundação (Ministério da Saúde, 2024), incluindo seus níveis de resposta, ferramentas como o sistema Sime, e a importância da preparação com estoques estratégicos e listas de especialistas.


No bloco final, os participantes foram convidados a prototipar seus próprios planos de contingência, com base em três eixos: gestão, vigilância e clínica. A atividade foi enriquecida com o estudo da resiliência do SUS diante de eventos extremos, utilizando o “Hospital Safety Index” da OPAS/OMS e os conceitos de sistemas complexos resilientes (Woods, 2018).

O workshop foi mais do que uma atividade formativa: foi um chamado à ação, à prevenção e ao fortalecimento do SUS como infraestrutura essencial de resposta a desastres.
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